quinta-feira, 10 de setembro de 2009

REPÚBLICA, REPÚBLICA. AI QUE SAUDADE DOS MEUS TEMPOS DE REPÚBLICA

Tava aqui pensando que talvez seja uma boa proclamar novamente a República. Sejamos sinceros, ela nunca vingou de verdade em nossas terras. No Brasil é assim; umas coisas pegam outras não. Cinto de segurança pegou, Orkut pegou, faixa de segurança não pegou nem nos seus primeiros dias de implantação. E República, você sabe, vem do latim Res publica, quer dizer "coisa pública". A aplicação desse conceito definitivamente não tem sido o nosso forte. Nossa coisa, que deveria ser pública, é uma coisa meio privada. E o contrário também é verdadeiro. Coisas que deveriam ser privadas são públicas, como, por exemplo, a vida de certos artistas.

Me sinto bastante culpado pelo insucesso dos ideais republicanos. No próprio dia da proclamação eu gritei: Viva o imperador. É difícil fazer história e ainda por cima ter boa oratória. Na hora, não me ocorreu nada pior para dizer. No entanto, mais do que minha fala desastrada, o que contribuiu para que as coisas não começassem bem foi a ausência de atos mais simbólicos e midiáticos. Faltou uma bastilha, uma guilhotina, uma guerrinha pequena que fosse para marcar o momento. Não sou a favor de derramamento de sangue, mas os nossos movimentos foram muito sem imaginação. Expulsar um rei era o mínimo que esperavam de nós republicanos, ficou barato e sem graça. Por isso que ninguém se lembra de uma só imagem da proclamação.

Temos uma segunda chance, não podemos repetir os mesmos erros. Desta vez, temos de ter enorme cobertura. A reproclamação da República deve acontecer em lugares de grande repercussão: na camisa do Corinthians, mesmo que seja difícil arranjar um lugar, no Twitter do pessoal do CQC, numa final de Big Brother ou no intervalo dos shows de comemoração dos 50 anos de carreira do Roberto Carlos, onde já cassaríamos a sua majestade. Iniciando assim uma série de atos simbólicos: a transformação do Maranhão e Alagoas em estados federados, um novo hino com refrão em inglês (para ser adotado pela garotada) já com letra adaptada pela Vanusa, e uma nova inscrição mais realista em nossa bandeira, em substituição ao lema positivista: Progresso e olha lá.

Não podemos mais esperar, a questão é urgente. Um bom dia para refundar a República seria 15 de novembro, mas cai justamente num domingo. Vai que dá praia. Outra possibilidade é no dia seguinte, criando assim dois dias de feriados consecutivos em nosso calendário. Aí sim, tem a possibilidade de vingar. Feriadão todo mundo respeita.

7 comentários:

  1. Olá Deodoro, onde está a ponte seca? O marechal Fonseca morreu e Morais perdeu a guerra e Canudos virou doce e Lula foi pra água abaixo. A república caminhando no outro lado da margem dos marionetes barbudos militares feiosos.... por isso Deodoro te apoio nesta nova reproclamation da republic publica...... ou?

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  2. Oi Deo,

    Estou de mal...
    Como tu chamas nossa república de meio privada?? Não seria um inteiro penico de uma total privada??
    Veja se não sou criativo: Tenho idéias novas para a próxima Proclamação, além da bastilha e guilhotina: Impalamento em praça pública de alguns brothers que freqüentam o Planalto Central (Ei!!! Quanto a guerrinha... tem todo dia agora. Em todo canto do Brasil). E agora dá pra expulsar um Maracanã super-lotado de rei. Digo: me refiro a quantidade, colocar pra fora... Olhe, a gente está até importando Cacciola e não querendo exportar Batistti, e eles nem são republicanos... E não ficou nada barato, mas muito sem graça...
    Mas, como transformar o Maranhão e Alagoas em estados federados?? Lá não é Usocapião??
    Olhe o novo hino deveria ser: Inútil – Ultraje a Rigor (Tem a letra assim: “A gente não sabemos escolher presidente...”). Ihhh, ah, tudo bem, tu não sabes mesmo o que é Presidente, só inútil... E a gente não sabe é escolher nada.
    A inscrição também poderia ser: “A gente sofre, mas a gente goza.”
    A data da comemoração da suposta república: três dias corridos, após o primeiro e o segundo feriadão do ano. E se não der sol, passa pro seguinte (mas vai dar problema na Bahia... vão querer uma semana, segundo Ivete).
    Esquece esse negócio de refundar a República, vamos bebemorar e fazer a festa, vamos esperar vingar desta vez.

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  3. Oi, Deodoro :-)

    Sugiro que crie uma Nova República para o Brasil. Sem Sarney, sem Lula, sem Sérgio Cabral, sem Aécio Neves, sem José Serra e muitos outros políticos corruptos que estão por aquí.

    Abraços, aqui do século XXI.

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  4. Estava lemdo a Carta Capital e vim conferir o blog de verdade..

    parabens pelo trabalho. Muito bom seus textos..

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  5. E aí Deo, pensou que eu ia esquecer de tu neste lindo feriadão??? Aqui em Miami faz sol...
    Qualé cara, todo ano nesta linda data eu lembro de tu!! Diga aí mermão?? Qué qui tu achou das eleição deste ano?? Vamu, finarmente, proclamar a dita cuja?? Eu tô confiante cara!! O metalúrgico botou prá f... cabra bom este moço de Caetés, e a tar da Dilma é sangue bom. Num nego, tô confiante.

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  6. Diga aí, tô aqui curtindo o sol na caatinga esturricada do sertão nordestino nesse feriadão, assando um calango na brasa, desisti de ir curtir no Summerville, camarão e lagosta me intoxicam e o sol é o mesmo, né não??
    Cara, ói, num dá pra esquecer tu, ói, e o Julgamento do Mensalão PETISTA?? Ali, a Constituição Federal JAZ, ela já se comunicou contigo????

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